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GARDLINE APOSTA NO SETOR PORTUÁRIO COMO ALTERNATIVA ÀS POUCAS OPORTUNIDADES EM ÓLEO E GÁS

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Especialista em prestar serviços de oceanografia, geofísica, geotecnia e monitoramento ambiental, a Gardline escolheu o setor portuário como caminho a seguir durante a crise vivida pelo segmento de óleo e gás. O diretor-geral da empresa, Mauricio Latado, reconhece que a área de óleo e gás é o maior foco da companhia, mas vem buscando alternativas enquanto a indústria passa por um momento de poucas oportunidades. Uma das expectativas para o futuro é a 13ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios, anunciada pelo governo federal recentemente, que deve gerar boas perspectivas para o cenário dos próximos anos, mas ainda é um fator a se pensar mais a médio prazo. Atualmente com contratos com grandes operadoras – Statoil, Petrobrás e BG -, a Gardline vem sentindo o mesmo impacto de todo o mercado com o momento complicado do setor de óleo e gás, mas ainda assim espera alcançar um crescimento de mais de 60% neste ano, com o faturamento passando de R$ 30 milhões em 2014 para R$ 50 milhões em 2015.

Que tipos de serviços a Gardline presta?

Nós somos uma empresa de marine survey, ou seja, basicamente prestamos serviços de oceanografia, monitoramento ambiental, levantamento geofísico e geotécnico. Na parte de monitoramento, nós trabalhamos principalmente na coleta de dados ambientais para obtenção de licenças por parte das operadoras. Nossos serviços de geofísica são base para processos de engenharia, fornecendo algo parecido com um “mapa do fundo do mar”, para que as operadoras possam decidir rota de dutos e onde instalar equipamentos. A geotecnia é para garantir que os equipamentos possam ser presos com segurança no fundo do mar, enquanto a parte de oceanografia se volta para a medição de correntes, de ondas e tudo que for relativo aos dados ambientais.

Para quais empresas a empresa presta serviços?

Nós estamos com quatro contratos muito bons no momento. Dois desses contratos são de oceanografia, um para a BG na margem equatorial e outro para a Statoil na Bacia de Campos. Os outros dois contratos são com a Petrobrás. O primeiro é de monitoramento ambiental e o segundo de geofísica para águas rasas.

A crise vivida pelo setor de O&G afetou de alguma maneira a empresa?

Essa crise acaba sim por afetar nossos negócios. Com o preço de petróleo em queda, todas as empresas passaram a revisitar seus preços e projetos. Alguns projetos que tínhamos como certos de sair estão sendo postergados., mas a nossa posição é um pouco mais confortável por termos contratos em vigor. A nossa expectativa de crescimento de negócios está sofrendo com a falta de apetite do mercado. A questão maior é que nós temos soluções a oferecer para as empresas que desejarem investir, mas os clientes têm que querer.

Quais as opções exploradas pela empresa para fugir desta crise?

Nós temos uma estrutura interna bastante enxuta, então estamos preparados para a volta do mercado. Nesse momento, nós passamos a olhar com mais carinho para o mercado costeiro, como nossa atuação junto a portos.

Como foi a participação da empresa na OTC?

Nós temos o hábito de enviar representantes para a OTC, seja junto ao governo do estado ou à Firjan. Nesse tipo de evento, nós buscamos dois perfis para conversar: os brasileiros que estão  e potenciais parceiros, alguns que já vínhamos conversando antes mesmo do evento.

Qual a expectativa da Gardline com a 13ª rodada de licitações?

Nós temos uma expectativa muito positiva, com uma área bastante abrangente a ser leiloada, inclusive águas profundas. Nós acreditamos que o mercado como um todo vai gostar muito deste leilão. Para nós o potencial é muito grande, mesmo sabendo que, se essa rodada acontecer ainda neste ano, os negócios começam lentamente em dois anos e atingem seu ápice dentro de quatro ou cinco anos.

Como foi o faturamento da empresa em 2014? Qual a expectativa para este ano?

Nós conseguimos alcançar a marca de aproximadamente R$ 30 milhões no ano passado. Para este ano, nós estamos prevendo um crescimento para algo em torno de R$ 50 milhões.

Quais os maiores desafios na área de levantamentos marítimos?

Nesse momento, o nosso maior desafio é comercial. Nós contamos com apoio da matriz, temos a expertise para realizar os serviços, embarcações apropriadas e uma estrutura interna bem consolidada. O mercado tem que retomar as suas atividades, mas para isso tem que acreditar mais e executar projetos. Essa recente queda no valor do barril de petróleo e o momento conturbado pelo qual a Petrobrás passa fizeram com que as empresas parassem de investir no curto prazo.

 

Fonte: PETRONOTÍCIAS

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