A prisão do ex-ministro José Dirceu nesta segunda-feira (3) está sendo vista nos bastidores da Operação Lava-Jato como um passo em direção ao ex-presidente Lula, que já é alvo das investigações, e passou a ter seu nome citado mais vezes pela procuradoria, mesmo que sem acusações diretas por enquanto. Além de Dirceu, outras sete pessoas foram presas na 17ª fase da operação, e o foco desta vez foi mais voltado às ligações políticas do esquema envolvendo propinas em contratos da Petrobrás.
O procurador Carlos Fernando Santos Lima, que atua como porta-voz do Ministério Público em relação à Lava Jato, negou que haja a possibilidade de prisão do ex-presidente Lula neste momento, mas deixou claro que o processo caminha na busca de outras lideranças políticas relativas ao esquema.
“Não existe neste momento nenhum indicativo de necessidade de prisão de quem quer que seja que não esteja atualmente preso. No entanto, cabe a nós investigar agora qualquer pessoa que não tenha foro privilegiado, se tiver alguma participação”, afirmou.
Mesmo evitando dar informações diretas sobre a investigação que corre em sigilo sobre o ex-presidente, Santos Lima deixou um recado para bons entendedores:
“Temos uma ideia bastante boa e clara de onde podemos chegar, mas esse é um fato sigiloso”.
O procurador falou ainda sobre a participação de Dirceu nos desvios de dinheiro de contratos da Petrobrás, atribuindo ao ex-ministro o papel de “instituidor do esquema”, como responsável por colocar Renato Duque e Paulo Roberto Costa na diretoria da estatal.
Além disso, Santos Lima falou sobre o enriquecimento pessoal de Dirceu, que faturou R$ 39 milhões por meio da JD Consultoria, acrescentando que o ex-ministro recebeu propinas durante as investigações do mensalão, ao longo do julgamento no Supremo Tribunal Federal e até mesmo após ser preso.
“A prisão e a ação, mesmo no Supremo Tribunal Federal, não inibiram o investigado de continuar recebendo dinheiro. Então não acreditamos que a prisão domiciliar vá inibi-lo agora”, afirmou o procurador, explicando os motivos da prisão preventiva.
Fonte: PETRONOTÍCIAS
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