O Centro de Excelência em EPC (CE-EPC) está trazendo novos dados para o Brasil, referentes à indústria de construção e montagem americana, com o intuito de ajudar as empresas brasileiras a buscarem soluções similares às apontadas pelo mercado internacional, com o foco no aumento da produtividade. No momento delicado por que passa a economia nacional, o Centro acredita que o País precisa se empenhar no fortalecimento dos processos e do planejamento bem executado dos projetos, para ganhar cada vez mais eficiência e dar impulso ao crescimento brasileiro.
Para ajudar nisso, o Centro trouxe ao País uma nova pesquisa realizada por duas das mais importantes instituições que estudam o setor de Engenharia e Construção americano, uma delas voltada à análise de dados sobre esta indústria e outra que congrega as maiores empresas contratantes de serviços de engenharia nos Estados Unidos.
A pesquisa indica que as companhias americanas estão notando uma queda na produtividade local e aponta alguns dos principais fatores que precisam ser reforçados para lidar com a questão, como o aumento do planejamento das frentes de obras, um maior investimento em treinamentos e qualificação da mão de obra, assim como a implementação de novas tecnologias e o desenvolvimento de projetos mais bem elaborados.
De acordo com o levantamento, 43% dos entrevistados consideram ter havido uma queda na produtividade da mão de obra operacional em 2014 em todos os Estados Unidos, enquanto 13% acreditam que tenha sido em apenas algumas regiões. Em contrapartida, 35% dizem não ter notado mudanças, com apenas 9% vendo algum crescimento da produtividade no ano.
A maior parte dos entrevistados (46%) que vê uma queda na produtividade em termos gerais acredita que isso se deu no Sul do País, sendo que 30% apontaram o Sudeste e 16% o Sudoeste como as áreas em que a piora ocorreu.
O maior problema encontrado pelo estudo é a falta de mão de obra bem treinada e/ou qualificada para atender à demanda, principalmente no que se refere à área operacional. Para se ter ideia, 79% das empresas relataram dificuldades para encontrar trabalhadores adequados às suas necessidades. A questão está gerando inclusive outras consequências negativas, já que 65% dos ouvidos alegam ter tido problemas em quesitos de segurança, saúde e meio ambiente por conta dessa falta de mão de obra preparada, com aumento do índice de acidentes de trabalho.
Para a maior parte dos ouvidos (36%), o excesso de vagas para pouca gente disponível é o principal fator que leva à queda da produtividade, enquanto 25% acreditam que o problema é fruto de projetos de engenharia mal feitos. Outros 24% acreditam que a redução vem da falta de planejamento da frente de obras, enquanto 6% indicam a não utilização de tecnologia como razão principal. Os 9% restantes apontaram outras causas diversas.
Em face de todos os problemas, apenas 9% afirmaram ter visto aumento de produtividade em seus projetos no ano de 2014, sendo que os fatores indicados para este crescimento foram principalmente relacionados a melhorias no planejamento dos trabalhos.
De acordo com 31% dos ouvidos, a melhor forma de aumentar os índices de produtividade é planejar bem a disposição de elementos, materiais e instalações nas frentes de obra, enquanto 23% acreditam que o investimento em mais treinamento é o fator mais relevante. Já para outros 14%, o uso de tecnologia é a peça-chave para isso. Há ainda 9% dos entrevistados que defendem o desenho completo do projeto antes de se iniciarem os trabalhos como o quesito mais importante, além de 23% que apontam razões diversas para essa melhora.
O diretor executivo do CE-EPC, Danilo Gonçalves, ressalta que as empresas brasileiras já vêm buscando novas metodologias para empregar em suas obras, principalmente no setor de óleo e gás, e destaca a importância do compartilhamento de experiências para que a indústria avance como um todo.
“O CE-EPC tem parcerias com as maiores associações do mundo na área de construção e montagem e hoje já temos um grande banco de informações para ser consultado pelos associados. A ideia é que as empresas aproveitem cada vez mais isso para ganharem produtividade e que também compartilhem métodos de sucesso que tenham desenvolvido”, afirmou, antes de completar: “A indústria precisa trabalhar de forma sinérgica com todos os atores da cadeia e apostar no ganho de eficiência para impulsionar a retomada do crescimento nacional neste momento”.
Fonte: PETRONOTÍCIAS
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