O Juiz Federal Sergio Moro deu mais uma demonstração de que está trabalhando ativamente para julgar os casos descobertos pela Operação Lava Jato. Nesta segunda-feira (17), saíram mais três condenações relativas aos esquemas de corrupção na Petrobrás, desta vez direcionadas ao ex-diretor da Área Internacional da estatal Nestor Cerveró (foto), ao lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB, e Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal. A Justiça determinou ainda que Cerveró e Baiano paguem R$ 54,5 milhões de indenização em favor da Pertobrás. Camargo ficou isento por conta do acordo de colaboração firmado com o Ministério Público Federal.
Eles foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro, com penas diferentes. O primeiro deles, Nestor Cerveró , pegou 12 anos e 3 meses de prisão, na pena mais branda dos três. Em seguida vem Júlio Camargo, com 14 anos de prisão decretados, porém com a previsão de se transformarem em cinco anos de regime aberto, em função de seu acordo de delação premiada. Já Baiano foi o que se saiu pior, com pena de 16 anos e um mês de prisão.
Cerveró e Baiano são acusados de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007, em relação à contratação de navios-sonda para a perfuração em águas profundas na África e no México. As investigações apontaram que Baiano representava Cerveró nas negociações, que incluíam o doleiro Alberto Youssef como peça chave no esquema. Apesar disso, o doleiro não foi condenado nesta ação.
O ex-diretor internacional da Petrobrás já havia recebido uma condenação anterior, pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo no Rio de Janeiro, com pena de cinco anos de reclusão. Já para Júlio Camargo e Fernando Baiano está é a primeira condenação, sendo que o primeiro ainda foi absolvido por crimes contra o sistema financeiro nacional.
Fonte: PETRONOTÍCIAS
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