Ele tentou evitar de todas as maneiras, com uma série de pedidos de habeas corpus preventivos, mas não adiantou. Trata-se do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que foi preso nesta segunda-feira (3), durante a 17ª fase da Operação Lava Jato. A nova etapa das investigações, que também prendeu o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, foi batizada de Pixuleco, em referência ao termo que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto usava para falar sobre as propinas nos esquemas de corrupção envolvendo contratos da Petrobrás. Também foram presos os ex-assessores de Dirceu, Roberto Marques e Fernando Moura, o dono da empresa de informática Consist, Pablo Kipersmit, além de Celso Araripe, da Petrobrás, Olavo de Moura e Julio Cesar dos Santos.
A operação começou às 6h, incluindo o cumprimento de 40 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva. Dirceu foi detido em Brasília, na casa onde cumpria prisão domiciliar por condenação no mensalão, enquanto o irmão foi preso em Ribeirão Preto (SP). O ex-ministro foi preso preventivamente, sem prazo de soltura, e seu parente foi alvo de um mandado de prisão temporária, com duração de cinco dias.
Os mandados foram emitidos com o avanço das investigações e um dos objetivos principais da nova fase é saber se a JD Consultoria, que tinha como sócios José Dirceu e o irmão, prestou de fato algum serviço ou se os contratos com as empreiteiras eram só de fachada para o pagamento de propinas referentes a contratos com a Petrobrás.
Entre os crimes investigados nesta fase da operação estão corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Também foram decretados o sequestro de imóveis e o bloqueio de ativos financeiros, no valor somado de até R$ 20 milhões por acusado.
A JD Consultoria começou a aparecer nas investigações com mais destaque depois que o juiz Sergio Moro decretou a quebra do sigilo fiscal e bancário da empresa, revelando que o ex-ministro tinha faturado R$ 39 milhões ao longo dos últimos anos com a consultoria, em contratos com cerca de 50 empresas.
Além disso, a situação de Dirceu se complicou quando o número de acordos de delação premiada aumentou, incluindo o ex-dirigente da Toyo Setal Júlio Camargo, que acusou o ex-ministro de intervir junto ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli para que a multinacional japonesa Toyo fosse contratada. Agora, além de estar cumprindo o restante de sua pena de 7 anos e 11 meses de prisão em regime domiciliar, por condenação no mensalão, ele também se encontra preso preventivamente. Deverá ser transferido para Curitiba, onde estão os demais presos, até amanhã (4).
Fonte: PETRONOTÍCIAS
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